O QUE SOMOS SEM PASSADO?

O QUE SOMOS SEM PASSADO?

HINO DE ITAPETIM-PE

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

ANTÔNIO PIANCÓ NA CÂMARA DE VEREADORES - 1955



Ano de 1955 - Itapetim-PE

Da esquerda para a direita, de pé:
Vereadores: Agostinho Pereira, Luiz de Sousa Lima, Antônio Correia Sobrinho, José Francisco dos Santos, Manoel Nunes, Franquelino Santos, Oliveiros Ferreira de Albuquerque, Antônio Piancó Sobrinho e Otacílio Ferreira
Da esquerda para a direita, sentados: 
Geraldo Alves Ferreira (Prefeito),  Francisco José de Maria( Ex-Prefeito, nomeado),  Dr. Manoel da Santa Cruz Valadares (Juiz de Direito) , Padre João Leite Gonçalves de Andrade, Antônio Tavares (Coletor), João Nunes de Araújo (Tabelião). 


Diploma conferido a Antônio Piancó Sobrinho pela sua investidura no Cargo de Vereador - 1955

FIM DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO - PSD


"Partido Social Democrático (PSD) foi um partido político brasileiro, fundado em 17 de julho de 1945 e extinto pela ditadura militar, pelo Ato Institucional Número Dois (AI-2), em 27 de outubro de 1965. Foi formado sob os auspícios de Getúlio Vargas, de caráter liberal-conservador, reunindo antigos interventores do governo federal nos estados, como Benedito Valadares em Minas Gerais, Fernando de Sousa Costa de São Paulo, Almirante Ernâni do Amaral Peixoto do Rio de Janeiro, seu irmão Augusto, no então Distrito Federal, depois Guanabara e Agamenon Magalhães de Pernambuco. Entre 1945 e 1964, junto com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), formava o bloco pró-getulista da política brasileira, em oposição à União Democrática Nacional (UDN), antigetulista. Durante sua existência, foi o partido majoritário na Câmara dos Deputados, tendo eleito dois presidentes da República: Eurico Gaspar Dutra, em 1945, e Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 1955; na breve experiência parlamentarista, teve um primeiro ministro de sua legenda, o mineiro Tancredo Neves.
O PSD teve próceres como o cearense Armando Falcão, o pernambucano Etelvino Lins, o baiano Luiz Vianna Filho, o gaúcho Ildo Meneghetti, o mineiro Carlos Luz, o catarinense Nereu Ramos ou os paulistas Auro de Moura Andrade e Ulysses Guimarães, ou ainda o mineiro Negrão de Lima, que chegou a ser eleito Governador da Guanabara.
Após a extinção do PSD, seus membros se dividiram: uns foram para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), único partido de oposição à ditadura permitido após a instituição do bipartidarismo com o AI-2; e outros ingressaram na Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido que apoiava o regime instalado em 1964; em ambas as legendas, os ex-pessedistas se organizavam como alas à parte, em sublegendas."


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Social_Democr%C3%A1tico

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PAULO PESSOA GUERRA ELEITO DELEGADO ÀS CONVENÇÕES NACIONAIS - FEVEREIRO DE 1964

Governador Paulo Pessoa Guerra (in memoriam)

Ata da reunião do Diretório Municipal do Partido Social Democrático, para escolha do Delegado às Convenções Nacionais - 26-02-1964

"Aos 26 dias do mês de fevereiro de mil nocentos e sessenta e quatro, reuniu-se, conforme convocação, do Diretório Municipal do Partido Socila Democrático de Itapetim, presentes aos seguintes membros:

  1. Simão Leite Ferreira
  2. Antônio Correia Sobrinho
  3. Oliveiros Ferreira de Albuquerque
  4. Antônio Vieira de Farias
  5. João Nunes de Maria
  6. João Ferreira Sobrinho
  7. Manoel Nunes de Oliveira
  8. João Amaro Sobrinho
  9. Antônio Herculano de Siqueira
  10. Pedro Vieira de Farias
  11. João Rangel de Araújo
  12. Lucas Ricardo de Sousa
  13. Adolfo Gomes Meira
  14. José Francisco dos Santos
Que assinaram o respectivo livro de presença. Instalada a reunião, após a verificação de número legal, o Senhor Presidente comunicou aos presentes que, nesta sessão, deveria ser designado, na forma do que estabelece a alínea "c" do Artigo doze dos Estatutos, o Delegado que representará este Diretório e atuará em todas as Convenções Nacionais, a serem realizadas, de acordo com o disposto do parágrafo único do Artigo oitavo, dos referidos Estatutos. Esclareceu, ainda, o Sr. Presidente que o Delegado do Diretório às Convenções Nacionais deverá ser escolhido dentre os seus próprios membros, ou os do Diretório Nacional, ou, ainda, dentre os representantes federais e estaduais pertencentes ao partido, segundo as exigências do Artigo oitavo alénea "d".
Após esses esclarecimentos passou-se ao ato das escolhas, realizadas por escrutíneo secreto. Apurado o resultado o Sr. Presidente anunciou que o Diretório escolheu para o seu Delegado às Convenções Nacionais do Partido, o Sr. Paulo Pessoa Guerra. Nada mais havendo a tratar o sr. Presidente encerra a sessão do que, para constar, eu, José Francisco dos Santos, 1º Secretário lavrei a presente Ata que assino com o Presidente:

Simão Leite Ferreira
Antônio Correia Sobrinho
Oliveiros Ferreira de Albuquerque
Antônio Vieira de Farias
João Nunes de Maria
João Ferreira Sobrinho
Manoel Nunes de Oliveira
João Amaro Sobrinho
Antônio Herculano de Siqueira
Pedro Vieira de Farias
João Rangel de Araújo
Lucas Ricardo de Sousa
Adolfo Gomes Meira

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Fonte: BARBOSA, Virgínia. Paulo Guerra. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php>.

"O político Paulo Pessoa Guerra, pernambucano de Nazaré da Mata, filho de João Pessoa Guerra e de Maria Gaião Pessoa Guerra, nasceu no Engenho Babilônia aos dez dias do mês de dezembro de 1916. 
Cursou e concluiu os estudos primário, secundário e superior no Ateneu Nazareno, de Nazaré da Mata, no Colégio Marista do Recife (1933), e na Faculdade de Direito do Recife (1935-1938), respectivamente.

         O interventor de Pernambuco, Agamenon Magalhães (1937-1945), ao qual Paulo Guerra havia se ligado ao longo de sua vida universitária, teve importante papel na sua trajetória política, iniciada aos 21 anos. Guerra foi nomeado por Agamenon para prefeito das cidades de Orobó (22.8.1938 a 2.5.1940) e de Bezerros (2.5.1940 a 16.7.1941); e o indicou para ocupar a Delegacia Regional  do Departamento de Imprensa (DIP) do 2º Distrito do Recife, cargo exercido de 16 de julho  até 10 de dezembro de 1942. Ainda em 1942 e até 18 de novembro de 1945, assumiu a direção da Penitenciária Agrícola de Itamaracá.

         Em 1945, indicado pelo senador Etelvino Lins – na época substituto do interventor de Pernambuco –, tornou-se líder político de Igarassu e foi eleito deputado federal constituinte, também sob a influência do então Ministro da Justiça, Agamenon Magalhães, na legenda do Partido Social Democrático (PSD), para a legislatura de 1946 a 1950.

         Ideologicamente, Paulo Guerra sempre foi fiel ao PSD, considerado uma das mais tradicionais e maiores agremiações partidárias do País. Em Pernambuco, a criação do Partido foi articulada por Agamenon Magalhães e formado por interventores indicados por Getúlio Vargas, basicamente aqueles que apoiaram as diretrizes do Estado Novo, aliados aos líderes políticos do interior do Estado. Aliás, o poder se manteve nas mãos dos pessedistas nas eleições estaduais dos anos de 1947, 1950, 1952 e 1954. A quebra dessa sucessão de vitórias deu-se no ano de 1958 quando o candidato da União Democrática Nacional (UDN), Cid Sampaio, derrotou o candidato do PSD, Jarbas Maranhão.

         A trajetória de Paulo Guerra coincidiu com grandes agitações sociais e políticas que marcaram a história de Pernambuco: a criação do PSD e da UDN, o Estado Novo, fim do pluripartidarismo, instalação do sistema bipartidarista, movimento militar de 1964, entre outros. E nesse fervilhar de acontecimentos, Paulo Guerra continuou fiel ao PSD, mesmo depois de já fazer parte da Aliança Renovadora Nacional (Arena), em 1965.

         Inaugurou sua vida parlamentar percorrendo o caminho inverso aos demais políticos. Primeiro, foi deputado federal (1946, 1950), depois deputado estadual  (1954, 1958). Presidiu a Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco (1961-1962); vice-governador na gestão de Miguel Arraes (1962-1964); governador (1964-1967) e senador pela Arena (1970-1977).

         Além das atividades políticas, Paulo Guerra era fazendeiro e dono de engenhos, mas sua grande paixão eram as fazendas de gado. Administrou a Organização Paulo Pessoa Guerra e Filhos, na Fazenda Santa Maria do Tamboril; a Fazenda Olho d’água, em Itauba, Paraíba, e dirigiu um dos maiores cartórios do Recife, o Cartório Paulo Guerra.

         Foi pai de treze filhos, frutos do casamento com Virgínia Borba. Deles, apenas três seguiram a vida pública.

         Destaque-se, do seu mandato, o estímulo à industrialização do Estado através do implemento da eletrificação rural e do abastecimento d’água, a criação da Federação do Ensino Superior de Pernambuco (Fesp), hoje Universidade de Pernambuco (UPE), a construção de rodovias e do hospital do Pronto-Socorro.

         Em sua homenagem, no ano de 1978, foi inaugurada a Ponte Paulo Guerra que liga os bairros do Cabanga ao do Pina, na cidade do Recife e, na década de 1980, o então Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (atual Fundação Joaquim Nabuco) construiu edifício que leva seu nome. 

         Paulo Pessoa Guerra faleceu no dia 9 de julho de 1977. 
                                                                     
                               

         Recife, 23 de maio de 2007.
         (Atualizado em 14 de setembro de 2009)."