Aos 29 de janeiro de 1950, eu estava com seis meses de idade. A torre da Igreja Matriz de São Pedro das Lages, cuja beleza, hoje, aprecio do Jardim da casa dos meus pais, ainda estava por fazer.
Homens da minha terra, inclusive Antônio Piancó, meu inesquecível pai, reunião-se mês a mês, trabalhando incessantemente para este fim.
Quão honroso é saber que a nossa cidade foi construída pelo esforço dos nossos conterrâneos! O que fica do trabalho destes homens os projeta para sempre como homens que se movem, mesmo depois de mortos, porque eles passaram, mas deixaram o exemplo de homens de bem, como legado para as gerações futuras.
O perfil da vida e do caráter desses homens, marcou uma época onde só havia lugar para a amizade e para o amor à terra natal. Os partidos existiam como organização política partidária, mas o objetivo era um só: A construção e a emancipação futura da nossa Itapetim. Nenhum deles se orientava em sentido diferente.
Criança que era, à epóca, não entendia dessas coisas, mas cresci num ambiente onde aos poucos fui aprendendo a amar a minha terra e a respeitar os seus cidadãos. Se fosse contar a minha infância, talvez dela tivesse muito pouco para relatar, porque desde cedo minha casa foi palco de todos os problemas inerentes a uma população pobre, sem assistência médica, sem estradas, sem energia elétrica, sem escolas, enfim, carente de toda e qualquer infraestrutura que lhe permitisse suprir pelo menos as necessidades básicas do ser humano.
Mas os homens da minha terra não davam trégua, dia e noite trabalhavam para a Vila de Itapetim crescer.
O certo é que, a Itapetim que temos hoje é fruto do esforço de tantos filhos abnegados, os quais topando os desafios mencionados, procederam invariavelmente com segurança, percorrendo, sem se deter diante dos obstáculos encontrados, os caminho que enveredaram.
O certo é que, a Itapetim que temos hoje é fruto do esforço de tantos filhos abnegados, os quais topando os desafios mencionados, procederam invariavelmente com segurança, percorrendo, sem se deter diante dos obstáculos encontrados, os caminho que enveredaram.
Conversa à parte, vamos ao que interessa:
Ata da 4ª sessão ordinária do Diretório do PSD
" Aos 29 (vinte e nove) dias do mês de janeiro do ano de 1950 (mil novecentos e cinquenta), reuniu-se o Diretório do Partido Social Democratico - PSD, da Vila de Itapetim, sob a presidência do Sr. Miguel Alves da Costa.
Compareceu grande número de pessoas, o que deu lugar ao Sr. Presidente declarar aberta a sessão. Em seguida mandando que o Sr. Secretário, Jaime de Farias Leite, procedesse a leitura da ata da 3ª sessão, realizada a 30 (trinta) do mês de outubro, do ano de 1949, a qual foi por todos unanimemente aprovada.
Em seguida, o Sr. Presidente mandou que o Sr. Secretário anotasse na presente ata; a falta havida das duas (2) últimas sessões, por ter havido um comparecimento de pequeno número de pessoas que deu lugar a não se realizar as sessões marcadas, para novembro e dezembro. A primeira a ser realizada a 27 daquele mês já citado e a segunda a 35 também do mês seguinte do ano recem - findo.
No decorrer da sessão, fez uso da palavra o Sr. Presidente do nosso Diretório; fazendo uma ligeira explanação sobre a ordem do orçamento que foi concedido pelo Estado e aprovado pela Câmara, para os seguintes fins:
- torre da nossa Matriz - CR$ 45.000,00;
- Escolas paroquiais - CR$ 6.000,00;
Fez também algumas explanações sobre alguns assuntos que devem ser tratados com mais zelo e importância nas sessões, referentes ao partido e que estava informado de que tnha havido grande número de adesões da União Democrática Naciona - UDN para o nosso partido - PSD. e que isso para nós era um sinal de progresso e força para engrandecimento dos nossos trabalhos.
Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente concedeu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e como ninguém se manifestasse, deu por encerrado os trabalhos, suspendendo-os para que se procedesse à lavratura da presente ata, que depois de lida e achada conforme, vai assinada pelo secretário e pelo presidente deste Diretório.
Miguel Alves da Costa - Presidente
Jaime de Farias Leite - Secretário
Agora,sim... A gente pega um nome notável daqui,outro dacolá e costura o retalho na colcha longa de nossa História que não podia ser toalha de dados num livro inerente.
ResponderExcluirModéstia à parte,mas o meu título foi merecido: Poetisa da Prosa,vais escrever bem assim na Terra de Poeta.
Obrigado,Lusa,muito obrigado,teus artigos estão imelhorávies. Dá vontade de retomá-los mais de uma vez por dia. E o retomo,pois se o Blogsite Itapetim é somente sobre nossa terra,não posso deixar lacunas que assomem equívocos.
Bela sabadeira com meu beijo de sempre.
Digo: Vai e não "vais".
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